PERIGOS BIOLÓGICOS E DEFESA ALIMENTAR

PERIGOS BIOLÓGICOS E DEFESA ALIMENTAR

Nos sistemas de segurança alimentar, consideram-se três tipos de perigos: os
físicos, químicos e os perigos biológicos. Nestes últimos, destacam-se os
parasitas, as bactérias e os vírus.

Nas últimas decadas, fomos confrontados com várias crises alimentares
mundiais. A encefalopatia espongiforme bovina, a febre aftosa, a peste suína
ou a gripe das aves são exemplos de situações relacionadas com a alimentação
humana, que vieram a afectar as populações ao nível económico e, mais grave
ainda, ao nível da saúde pública e que ocorreram de modo não intencional.

É de relembrar também que a recente crise viral, o coronavírus, apresenta
suspeita de ter igualmente origem alimentar e já ultrapassou a barreira das
500 mortes, evidenciando as fragilidades das nossas sociedades relativamente
à prevenção e gestão de crises alimentares.

Os eventos atrás referidos foram suficientes para mudar metodologias,
fortalecer as medidas epidemiológicas de vigilância, reforçar as
instituições responsáveis pelo controlo dos alimentos e alertar e
sensibilizar as pessoas para as questões relacionadas com a segurança
alimentar.

É fundamental que os governos e empresas tomem consciência das ameaças que
pesam sobre as cadeias alimentares e que consigam estabelecer programas
eficazes de defesa alimentar.

Julgamos que, para que estas medidas sejam eficazes, será necessário a
implementação de robustos programas de segurança alimentar, bem como a
divulgação da cultura de segurança alimentar.

Cláudia Simões Santos, Managing Partner